sábado, 28 de agosto de 2010

Blog novo!!!


Tem mais um novo blog na net, o "Meninos Prodígios", dos meus alunos, David, Nayara e Vivian, da 8° série do Colégio Cobra. Segue o link:

sábado, 21 de agosto de 2010

"Epitáfio"

Um amigo me mando esse vídeo, pediu que eu prestasse atenção à letra.

"Horário eleitoral - crítica"

Por Ale Rocha . 20.08.10 - 16h32

Terror eleitoral nada gratuito

De repente, o “TV Fama” extrapolou a RedeTV! e tomou de assalto todas as emissoras abertas com seu mau gosto e desfile de subcelebridades sem nada a dizer. A atração atende pelo nome de horário eleitoral gratuito.
Ex-jogadores de futebol, mulheres frutas, ex-BBBs, cantores sertanejos e humoristas são uma forma de elevar o quociente eleitoral e, assim, ampliar a presença de um partido nas bancadas federais e estaduais. Pela lei eleitoral, um candidato com alto índice de votos pode eleger outros não tão populares assim.
Frank Aguiar, Leci Brandão, Tiririca, Agnaldo Timóteo, Popó, os irmãos Kiko e Leandro do KLB, Vampeta, Ronaldo Ésper, Elimar Santos, Batoré, Mulher Melão, Mulher Pêra e tantos outros caem de paraquedas nas eleições e conseguem esvaziar ainda mais o propósito do horário eleitoral gratuito.
Como programa de televisão, são duas horas e dez minutos diários desperdiçados. A falta de conscientização do eleitor não se dá apenas por culpa do verniz do marketing político, que esconde as verdadeiras intenções e propostas dos candidatos e entrega apenas aquilo que os cidadãos desejam ver e ouvir.
O horário eleitoral gratuito não democratiza a informação, pois ela não existe. Quem em sã consciência escolhe um parlamentar a partir de discursos com segundos de duração? Diante da falta de conteúdo, a estratégia é apelar para o bizarro e o nonsense.
Não há nada de engraçado em ouvir o Tiririca afirmar que não sabe o que é ser um deputado federal, mas mesmo assim pedir seu voto, pois “pior que está não vai ficar”. Lamentável observar quem pega carona em famosos realmente célebres. Jingles de campanha assassinam clássicos como “Beat It”, de Michael Jackson, e “I Want to Break Free”, do Queen. Ninguém respeita ninguém.
Se antes de eleitos os candidatos preferem se expor a situações ridículas em vez de apresentar propostas concretas, imagine só como será o comportamento quando assumirem uma vaga no Legislativo.
Na era das celebridades instantâneas, tenho a sensação de que vale tudo para estar na televisão. Até mesmo fazer pouco caso da política e de um cargo público. A campanha eleitoral se aproxima cada vez mais dos reality shows. No caso do horário eleitoral gratuito, pouco importam os escassos segundos, já que ninguém parece ter algo relevante a dizer. O importante é aparecer em horário nobre em todas as emissoras abertas.
Aliás, vale ressaltar que de gratuito o horário eleitoral não tem nada. Nós pagamos a conta. O espaço em horário nobre é financiado pelos contribuintes. O governo pega os impostos que você paga e reembolsa as emissoras de rádio e televisão pela veiculação dos programas dos candidatos.
Segundo a revista “Istoé Dinheiro”, o subsídio será de R$ 851 milhões em 2010. É uma cifra quatro vezes maior do que em 2006 (R$ 190 milhões) e seis vezes mais do que em 2002 (R$ 121 milhões). Esses recursos são abatidos do Imposto de Renda a pagar das empresas de comunicação.
Enquanto isso, o governo federal investe apenas R$ 268 milhões em prevenção e repressão a criminalidade e R$ 621 milhões em alfabetização para jovens e adultos.
Em um reality show, você digita alguns números no telefone e paga o mico e o prêmio do Marcelo Dourado, do Kleber Bam Bam, do Dado Dolabella ou da Karina Bacchi. Na urna eletrônica, se não pensar, você aperta os botões e paga o pato pelos próximos quatro anos.

domingo, 15 de agosto de 2010

"Neonazismo 2"

"Neonazismo no Brasil".

Comuns na web, comunidades que expressam ódio a nordestinos são alvo da PF e do MP

Carlos Madeiro.

A propagação de comunidades na internet com mensagens de discriminação contra nordestinos está sendo questionada pelo Ministério Público de Pernambuco e investigada pela Polícia Federal. A polêmica sobre referências preconceituosas foi denunciada ao MP em junho, logo após as enchentes que atingiram as cidades de Alagoas e Pernambuco.
O pivô da revolta foi uma comunidade do Orkut intitulada “Odeio Nordestino”, que abriu tópicos para "lamentar a sobrevivência" das vítimas enchentes e manifestar temor por uma “nova invasão” de nordestinos a São Paulo. “Pessoal, com essas enchentes no Nordeste acho que os cabeçudos vão vir em massa pra SP. Vai ter mais lixo do que já tem aqui”, afirmou uma frequentadora da comunidade. “Seria bom se eles morressem na enchente, afinal nordestino é um animal que não sabe nadar”, disse outro.
Mas não são apenas ataques às vítimas das enchentes que são encontradas na internet. Numa rápida busca, é possível ver que existem vários sites e comunidades de supostos moradores do Sul e Sudeste do país com ataques a nordestinos.
Na comunidade "Lugar de nordestino é no Nordes", com 154 membros no Orkut, um dos tópicos de comentários diz que os "nordestinos estão prejudicando os paulistas". "Peço que os paulistas expulsem os nordestinos de nossas terras, pois além de roubarem nosso espaço, ainda tiram onda dos paulistas", afirma a usuária Patrícia. "Voltem para o rebanho de vcs (sic) carniça", escreve uma usuária.
Os exemplos discriminatórios não se restringem ao Orkut. “Essa comunidade é para todos os paulistas, paulistanos e sulistas que estão cansados de ver e ter que aceitar esses ‘forasteiros’ usurparem da nossa terra, trazendo costumes imundos, emporcalhando as cidades, aumentando a criminalidade e agindo como se essa terra fossem deles”, diz um trecho do site “Desabafo Brasil”, que sugere que os usuários ingressem em sites preconceituosos.
Outro exemplo está num texto intitulado “manifesto confederalista”. "Quantas vezes você, paulista, presenciou cenas de desrespeito praticado por migrantes? Invadirem espaços, agirem como se estivessem em sua terra. Imporem sua cultura e costumes à nossa vontade. Inundam nosso estado, exigem serviços, põem-se de 'vítimas', apagam nossa identidade. Assim somos desrespeitados", diz o texto de apresentação.
MP pede providências
Diante das denúncias apresentadas no período pós-enchentes, o MP decidiu investigar as pessoas que fazem parte destas comunidades. A denúncia original foi contra a comunidade “Odeio Nordestino”. “Essa comunidade não é de uma ou duas pessoas, mas sim são cerca de 400 pessoas. E nós constatamos ofensas, preconceito, racismo, formação de quadrilha. E esse comportamento, além de criminoso, é perigoso, pois incita violência”, afirmou o promotor José Lopes Filho, coordenador da área de crimes contra a ordem tributária do MP de Pernambuco.
Com a repercussão do caso no Estado, os moderadores da comunidade apagaram os comentários que atacavam as vítimas das enchentes e restringiram o acesso ao conteúdo – agora, para participar, é preciso ser aprovado.
Segundo o promotor, o MP-PE acionou o MP federal e o de São Paulo (suposta origem do crime) e deu entrada com uma notícia-crime na PF. Várias comunidades do Orkut foram denunciadas. "Todo o trabalho acontece em sigilo pela PF. Essas investigações são demoradas; às vezes leva meses. É preciso rastreamento, quebra de IP [endereço de identificação de um computador], até mesmo procedimentos internacionais. Eu estive com o relações públicas da PF na última semana e ele me informou que as investigações estavam de vento em popa", afirmou Lopes.
O promotor disse que conseguiu chegar ao IP dos usuários da comunidade. "Eles começaram a criar fakes [nome de usuário falso], mas nós conseguimos rastrear o IP dessas pessoas. Isso facilita identificar o usuário. É preciso pedir o horário GMT para sabermos exatamente de onde partiu os comentários. Todos os dados que conseguimos foram entregues à PF.”
Segundo o promotor, os integrantes das comunidades anunciaram até a posse de artefatos explosivos. “Essas comunidades podem ter vinculações com grupos neonazistas. Talvez essa análise desbarate até quadrilhas. Se identificados, essas pessoas podem ser condenadas por racismo, preconceito e, eventualmente, por formação de quadrilha e apologia ao crime”, informou.
Lopes ainda criticou a empresa Google, detentora do Orkut, que se recusaria a retirar do ar comunidades com conteúdo racista. "Eles se valem da lei norte-americana, da independência que possui por ser de outro país”, disse o promotor.
Comunidades de apoio
Depois da repercussão do ataque às vítimas das enchentes, muitas comunidades de apoio aos nordestinos foram criadas e outras, mais antigas, ganharam adeptos. A principal delas, intitulada “Orgulho de Ser Nordestino”, possui hoje mais de 133 mil membros, e tem vários comentários de pessoas que passaram por casos de discriminação.
Já outras comunidades foram criadas recentemente para criticar o preconceito de supostos moradores do Sul e Sudeste. Na comunidade “Eu odeio quem odeia nordestino”, por exemplo, muitos usuários pedem que os internautas denunciem as comunidades que expressam preconceito contra os moradores da região.

sábado, 14 de agosto de 2010

"Neonazismo"

14/08/2010 - 07h52

EUA têm ato neonazi anti-imigração e a favor de uma "nação de puro sangue branco"
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ANDREA MURTA DE WASHINGTON

No meio da tarde, centenas de neonazistas e racistas da Ku Klux Klan marcham empunhando suásticas no centro de Knoxville, Tennessee. Não, não estamos na era da segregação. O evento está marcado para hoje.

O partido neonazista Movimento Nacional Socialista (NSM, na sigla em inglês) e os ultrarradicais da KKK --grupo que cometeu uma série de assassinatos e atrocidades contra negros no século passado, quando lutava contra o fim da segregação e o movimento de direitos civis-- embarcaram juntos na onda do movimento anti-imigração que se espalha em solo americano, participando de uma série de atos pelo endurecimento das leis contra ilegais.
O tema da imigração não é novidade para os dois grupos, mas os holofotes crescentes induziram a um aumento no número de marchas nos últimos meses.
Só neste ano, o NSM afirma já ter feito cerca de 15 protestos em várias cidades americanas.
Para a marcha marcada para 15h de hoje em Knoxville (16h em Brasília), a expectativa é de 350 participantes.
Se a penetração não é significativa em termos populacionais, as ações chocam pela tranquilidade com que se pregam o racismo e a segregação à luz do dia, em pleno século 21. E chamam atenção no momento em que o debate sobre o que é "ser americano" esquenta.
"Não toleramos a invasão estrangeira de nosso país. Devolver os "criminosos" a seus países é a única coisa que aceitaremos", diz o NSM.
PURO SANGUE BRANCO
Imigrantes indocumentados não são os únicos que o partido quer "devolver". O principal objetivo do NSM é criar uma "nação de puro sangue branco", em que apenas arianos de ascendência europeia seriam cidadãos.
O resto --negros, latinos, asiáticos etc.-- seria enviado para a África, América Latina ou onde quer que os arianos julguem ser seu lugar.
Charles Wilson, porta-voz do NSM, manifestou vontade inclusive de deportar esta repórter. "Você não prefere voltar a seu país e ser governada por sua própria gente?"
O NSM também se disse "satisfeito" em anunciar que haverá uma cerimônia de hasteamento de suásticas.
"O que eu digo para quem critica a suástica é: vá estudar", disse Wilson. "É um símbolo religioso, é como colocar uma cruz na rua. É muito anterior a Hitler."
Não que tal associação seja um problema. O NSM diz que Hitler "estava certo em muitas coisas".

domingo, 8 de agosto de 2010

"Entenda o que é o Ramadã".

Um bilhão e meio de muçulmanos iniciam o jejum de Ramadã

CAIRO, 8 Ago 2010 (AFP) -Um bilhão e meio de muçulmanos no mundo iniciam, nesta semana, o mês de jejum e de orações rituais do Ramadã, que lembra a revelação divina recebida por Maomé.O Ramadã corresponde ao nono mês do calendário da Hégira - era maometana, que tem como ponto de partida a fuga de Maomé de Meca para Medina, em 622 da nossa era - e ao qual os muçulmanos tomam como referência para suas festas religiosas, com base no ciclo lunar. Esse calendário conta com onze dias a menos que o calendário solar.Por este motivo, as datas do começo e do final do Ramadã mudam todos os anos. Agora em 2010, o Ramadã, o 1.431 da história, deve começar entre 10 e 11 de agosto, terminando a meados de setembro.O mês de jejum e orações é um dos cinco pilares do Islã, junto com a profissão de fé, a obrigação de orar cinco vezes ao dia e de distribuir esmolas, assim como a peregrinação a Meca. Durante esse período, os fiéis devem abster-se de comer, beber, fumar e de manter relações sexuais, do amanhecer até o pôr do sol.

sábado, 31 de julho de 2010

"Diabo Alagoano"

Época de eleições, muitos dos atuais candidatos se envolveram em escândalos no passado e agora "pagam de bom moço". Um deles é o ex-presidente Fernando Collor de Mello candidato ao cargo de governador por seu Estado. Em 1992, quando Collor foi cassado, encontrei em Curitiba num cartório um texto que satirizava Collor e sua situação política, xeroquei e tenho essa cópia desde então:

DIABO ALAGOANO
Estando desocupado,
o Grão-Duque Satanás
teve uma idéia nociva
horripilante e mordaz:
colocou numa caldeira
vinte pipas de aguardente,
dez mil cobras venenosas
e um diabo demente,
sublimado, corrosivo,
sulfato de estrícnina,
o couro de dez hienas,
dez quilos de cocaína,
rabujo de dez raposas,
apetite de urubu,
o espírito de Caim,
e vinte couros de Timbú.
Tudo isto colocado
numa caldeira a ferver;
tomou forma de gente
como o diabo quis fazer.
Satanás achando pouco
lambuzou merda de porco
como se fosse caramelo.
E, ao soltá-lo no mundo
batizou o vagabundo
de "Fernando Collor de Mello".
*Autoria desconhecida.

terça-feira, 13 de julho de 2010

"Parabéns Thais".


Olha só, ontem (12/07) minha aluna Thais Caroline foi homenageada na Câmara Municipal de Apucarana pelos títulos e prêmios conquistados no Skate. É o reconhecimento do seu trabalho e dedicação como atleta.


Curiosidade: "Lembro da Thais ainda pequena treinando sozinha na pista que existia na pracinha do Nilo Cairo".


domingo, 11 de julho de 2010

"O Time que preferiu morrer a perder"


A história do futebol mundial inclui milhares de episódios emocionantes e comovedores, mas seguramente nenhum seja tão terrível como o protagonizado pelos jogadores do Dinamo de Kiev nos anos 40.
Os jogadores jogaram um partida sabendo que se ganhassem seriam assassinados e, no entanto, decidiram ganhar.
Na morte deram uma lição de coragem, de vida e honra, que não encontra, por seu dramatismo, outro caso similar no mundo.
Para compreender sua decisão, é necessário conhecer como chegaram a jogar aquela decisiva partida, e por que um simples encontro de futebol apresentou para eles o momento crucial de suas vidas.
Tudo começou em 19 de setembro de 1941, quando a cidade de Kiev (capital ucraniana) foi ocupada pelo exército nazista, e os homens de Hitler aplicaram um regime de castigo impiedoso e arrasaram com tudo.
A cidade converteu-se num inferno controlado pelos nazistas, e durante os meses seguintes chegaram centenas de prisioneiros de guerra, que não tinham permissão para trabalhar nem viver nas casas, assim todos vagavam pelas ruas na mais absoluta indigência.
Entre aqueles soldados doentes e desnutridos, estava Nikolai Trusevich, que tinha sido goleiro do Dinamo.
Josef Kordik, um padeiro alemão a quem os nazistas não perseguiam, precisamente por sua origem, era torcedor fanático do Dinamo.
Num dia caminhava pela rua quando, surpreso, olhou um mendigo e de imediato se deu conta de que era seu ídolo: o gigante Trusevich.
Ainda que fosse ilegal, mediante artimanhas, o comerciante alemão enganou aos nazistas e contratou o goleiro para que trabalhasse em sua padaria.
Sua ânsia por ajudá-lo foi valorizado pelo goleiro, que agradecia a possibilidade de se alimentar e dormir debaixo de um teto.
Ao mesmo tempo, Kordik emocionava-se por ter feito amizade com a estrela de sua equipe.
Na convivência, as conversas sempre giravam em torno do futebol e do Dinamo, até que o padeiro teve uma idéia genial: encomendou a Trusevich que em lugar de trabalhar como ele, amassando pães, se dedicasse a buscar o resto de seus colegas.
Não só continuaria lhe pagando, senão que juntos podiam salvar os outros jogadores.
O arqueiro percorreu o que restara da cidade devastada dia e noite, e entre feridos e mendigos foi descobrindo, um a um, a seus amigos do Dinamo.
Kordik deu trabalho a todos, se esforçando para que ninguém descobrisse a manobra.
Trusevich encontrou também alguns rivais do campeonato russo, três jogadores da Lokomotiv, e também os resgatou.
Em poucas semanas, a padaria escondia entre seus empregados uma equipe completa.
Reunidos pelo padeiro, os jogadores não demoraram em dar o seguinte passo, e decidiram, alentados por seu protetor, voltar a jogar.
Era, além de escapar dos nazistas, a única que bem sabiam fazer.
Muitos tinham perdido suas famílias nas mãos do exército de Hitler, e o futebol era a última sombra mantida de suas vidas anteriores.
Como o Dinamo estava enclausurado e proibido, deram um novo nome para aquela equipe.
Assim nasceu o FC Start, que através de contatos alemães começou a desafiar a equipes de soldados inimigos e seleções formadas no III Reich.
Em sete de junho de 1942, jogaram sua primeira partida.
Apesar de estarem famintos e cansados por terem trabalhado toda a noite, venceram por 7 a 2.
Seu seguinte rival foi a equipe de uma guarnição húngara, ganharam de 6 a 2.
Depois meteram 11 gols numa equipa romena.
A coisa ficou séria quando em 17 de julho enfrentaram uma equipe do exército alemão e golearam por 6 a 2.
Muitos nazistas começaram a ficar chateados pela crescente fama do grupo de empregados da padaria e buscaram uma equipe melhor para ganhar deles.
Trouxeram da Hungria o MSG com a missão de derrotá-los, mas o FC Start goleou mais uma vez por 5 a 1, e mais tarde, ganhou de 3 a 2 na revanche.

Em seis de agosto, convencidos de sua superioridade, os alemães prepararam uma equipe com membros da Luftwaffe, o Flakelf, que era uma grande time, utilizado como instrumento de propaganda de Hitler.
Os nazistas tinham resolvido buscar o melhor rival possível para acabar com o FC Start, que já gozava de enorme popularidade entre o sofrido povo refém dos nazistas.
A surpresa foi grande, porque apesar da violência e falta de esportividade dos alemães, o Start venceu por 5 a 1.
Depois dessa escandalosa queda do time de Hitler, os alemães descobriram a manobra do padeiro.
Assim, de Berlim chegou uma ordem de acabar com todos eles, inclusive com o padeiro, mas os hierarcas nazistas locais não se contentaram com isso.
Não queriam que a última imagem dos russos fosse uma vitória, porque acreditavam que se fossem simplesmente assassinados não fariam nada mais que perpetuar a derrota alemã.
A superioridade da raça ariana, em particular no esporte, era uma obsessão para Hitler e os altos comandos.
Por essa razão, antes de fuzilá-los, queriam derrotar o time em um jogo.
Com um clima tremendo de pressão e ameaças por todas as partes, anunciou-se a revanche para 9 de agosto, no repleto estádio Zenit.
Antes do jogo, um oficial da SS entrou no vestiário e disse em russo:
- “Vou ser o juiz do jogo, respeitem as regras e saúdem com o braço levantado”, exigindo que eles fizessem a saudação nazista.
Já no campo, os jogadores do Start (camisa vermelha e calção branco) levantaram o braço, mas no momento da saudação, levaram a mão ao peito e no lugar de dizer: – “Heil Hitler!”, gritaram – “Fizculthura!”, uma expressão soviética que proclamava a cultura física.
Os alemães (camisa branca e calção negro) marcaram o primeiro gol, mas o Start chegou ao intervalo do segundo tempo ganhando por 2 a 1.
Receberam novas visitas ao vestiário, desta vez com armas e advertências claras e concretas:
- “Se vocês ganharem, não sai ninguém vivo”. Ameaçou um outro oficial da SS.
Os jogadores ficaram com muito medo e até propuseram-se a não voltar para o segundo tempo.
Mas pensaram em suas famílias, nos crimes que foram cometidos, na gente sofrida que nas arquibancadas gritava desesperadamente por eles e decidiram, sim, jogar.
Deram um verdadeiro baile nos nazistas.
E no final da partida, quando ganhavam por 5 a 3, o atacante Klimenko ficou cara a cara com o arqueiro alemão.
Deu lhe um drible deixando o coitado estatelado no chão e ao ficar em frente a trave, quando todos esperavam o gol, deu meia volta e chutou a bola para o centro do campo.
Foi um gesto de desprezo, de deboche, de superioridade total.
O estádio veio abaixo.
Como toda Kiev poderia a vir falar da façanha, os nazistas deixaram que saíssem do campo como se nada tivesse ocorrido.
Inclusive o Start jogou dias depois e goleou o Rukh por 8 a 0.
Mas o final já estava traçado: depois dessa última partida, a Gestapo visitou a padaria.
O primeiro a morrer torturado em frente a todos os outros foi Kordik, o padeiro.
Os demais presos foram enviados para os campos de concentração de Siretz.
Ali mataram brutalmente a Kuzmenko, Klimenko e o arqueiro Trusevich, que morreu vestido com a camiseta do FC Start.
Goncharenko e Sviridovsky, que não estavam na padaria naquele dia, foram os únicos que sobreviveram, escondidos, até a libertação de Kiev em novembro de 1943.
O resto da equipe foi torturada até a morte.
Ainda hoje, os possuidores de entradas daquela partida têm direito a um assento gratuito no estádio do Dinamo de Kiev.
Nas escadarias do clube, custodiado em forma permanente, conserva-se atualmente um monumento que saúda e recorda àqueles heróis do FC Start, os indomáveis prisioneiros de guerra do Exército Vermelho aos quais ninguém pôde derrotar durante uma dezena de históricas partidas, entre 1941 e 1942.
Foram todos mortos entre torturas e fuzilamentos, mas há uma lembrança, uma fotografia que, para os torcedores do Dinamo, vale mais que todas as jóias em conjunto do Kremlin.
Ali figuram os nomes dos jogadores.
Na Ucrânia, os jogadores do FC Start hoje são heróis da pátria e seu exemplo de coragem é ensinado nos colégios.
No estádio Zenit uma placa diz “Aos jogadores que morreram com a cabeça levantada ante o invasor nazista”.
Esta é a história da dramática “Partida da Morte”.
O cineasta John Huston inspirou-se neste fato real para rodar seu filme “Fuga para a vitória” (Escape to Victory) de 1982 que chamou muita atenção à época do lançamento porque dele participaram grandes nomes do cinema como Michael Caine, Sylvester Stallone e Max Von Sydow, mas muito mais pela participação de algumas estrelas do futebol, como Bobby Moore, Osvaldo Ardiles, Kazimierz Deyna e Pelé.
No filme John Huston fez o que não pôde o destino: salvar os heróis.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

We’re all african

Do blog do Juca.



Por TIAGO DE SOUZA

A melhor da história! Essa foi a frase que repeti em cada minuto da Abertura da Copa do Mundo de 2010. E aqui, hei de tentar me explicar por que…
Realmente não tivemos o show de tecnologia e imagens visto desde a Copa da Itália em 1990. Também não vimos nada parecido com a demonstração de força vista na Olimpíada da China. Todos esses foram espetáculos belíssimos, até então sem precedentes. Até então…
Porque nunca seu povo foi tão real, sua nação foi tão palpável. Faltou todo o sentimento de milênios carregado pelo mutilado, esquecido e feliz povo africano. Faltou a carga de emoção real, faltou a aura de alegria verdadeira – e única- de um povo que até chega dar a impressão que deixa de lado qualquer sentimento de injustiça, para saudar o mundo que o renegou e agora vem até eles.
Sei que tudo aquilo faz parte de a lgo fantasioso criado para emocionar o público. E na maioria das vezes emociona mesmo assim. Mas não como dessa vez, onde autoridades aparecem de camiseta no palco dos Bafana Bafana’s, onde os problemas não são maquiados para o mundo ver – porque eles são reais – onde o líder é uma alma como Nelson Mandela, onde o mundo consagra o continente onde nós surgimos… impossível é não ser tocado de alguma maneira!
A Copa, pela fala de um prêmio Nobel, Desmond Tutu, de uma história irretocável, que fala em perdão sem esquecimento (entender realmente isso, chega a ser surreal), que fala em “we’re all africans” (e somos mesmo!), que foi calado durante décadas, que lutou não por um país SÓ negro, mas um país de todo seu povo, já valeu! Seu discurso – que mais pareceu uma ode à alegria – quebrou todos os preconceitos que vinha lendo numa das redes sociais mais acessadas do mundo. Emocionou quem questionava a qualidade musical de um povo que não busca mostrar ao mundo tecnologia, imponência, riqueza, pieguices, mas apenas a sua cultura, a sua maneira, sublime, de viver mesmo ao lado de uma infinidade de mazelas.
Então, quem lerá só esse parco relato pessoal, e emocionado, irá crer que não teve as breguices típicas desses eventos. O que não corresponde à verdade… porque teve sim, algumas delas (como uma Alicia Keys esquecendo que “pro mundo” é loira e com chapinha, como bem lembrou um amigo). Mas nunca um evento foi tão verdadeiro, deu tão sentido ao congraçamento que uma Copa significa. Nunca um evento esportivo chegou tão perto da utopia sonhada por um Barão de Coubertin, sempre só lembrado em Jogos Olímpicos, mas que tem muito a ver com a competição mundial do esporte mais praticado nesse mundo.
A África toda parece partilhar esse sentimento de receber o mundo. Respeitando proporções, tenho a sensação que deve ser a mesma de quando somos recebidos em pequenas casas no interior (especialmente de Minas Gerais). Casas reais, de pessoas reais, de um mundo real. Que tem prazer em receber qualquer um que chegue com uma boa conversa, uma boa vontade… mas, se nos desprendermos um pouco, e viajar nesse sentimento que o continente africano deixou no ar para quem tem um pouco de sensibilidade pescar, acho que a proporção deve ser esquecida nessa minha tosca comparação. Porque o sentimentos de estarmos em casa, no fundo, na alma, na essência, é real. Porque de lá viemos, é a nossa casa que nos joga na cara o orgulho em nos receber de volta, mesmo tendo renegado-a durante muito tempo, mesmo sabendo que voltaremos a renegá-la ao final da Copa.
Parafraseando Mário Quintana… “Não importa que a tenham demolido: A gente continua morando na velha casa em que nasceu.” We’re all african, sim.

Voltando.....

Depois de muito tempo sem realizar nenhuma postagem no blog volto a ativa. Não garanto que todo dia vc encontrará um texto novo, mas pretendo me fazer presente sempre que possível.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

"Pra você guardei o amor"

"Pra você guardei o amor".


Pra você guardei o amor

Nando Reis



Pra você guardei o amor

Que nunca soube dar

O amor que tive e vi sem me deixar

Sentir sem conseguir provar

Sem entregar

E repartir

Pra você guardei o amor

Que sempre quis mostrar

O amor que vive em mim vem visitar

Sorrir, vem colorir solar

Vem esquentar

E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz

Quem entender o que ele diz

No giz do gesto o jeito pronto

Do piscar dos cílios

Que o convite do silêncio

Exibe em cada olhar

Guardei

Sem ter porque

Nem por razão

Ou coisa outra qualquer

Além de não saber como fazer

Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei

Vendo em você

E explicação

Nenhuma isso requer

Se o coração bater forte e arder

No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor

Que aprendi vem dos meus pais

O amor que tive e recebi

E hoje posso dar livre e feliz

Céu cheiro e ar na cor que arco-íris

Risca ao levitar

Vou nascer de novo

Lápis, edifício, tevere, ponte

Desenhar no seu quadril

Meus lábios beijam signos feito sinos

Trilho a infância, terço o berço

Do seu lar

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

"Saudade"


Saudade - Fernando Pessoa.


"Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos. Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe...... nos e-mails trocados.Podemos nos telefonar conversar algumas bobagens.... Aí os dias vão passar, meses...anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro.Vamos nos perder no tempo....Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão? Quem são aquelas pessoas? Diremos...Que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um ultimo adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos.Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado. E nos perderemos no tempo.....Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo : não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades seja a causa de grandes tempestades....Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

"Triste notícia".

Da coluna de Gilberto Dimenstein na Folha Online.

Desmoralizaram os professores

Apenas 2% dos estudantes do ensino médio querem ser professores --esse índice se aproxima de zero quando computados os alunos de maior aquisitivo, que estudam em escolas privadas. Esse fato mostra que a profissão de professor está em baixa, diria até desmoralizada.
Há dados ainda piores no relatório sobre a atratividade da carreira de professor que a Fundação Victor Civita encomendou à Fundação Carlos Chagas.
O pior dos dados: os futuros professores são recrutados entre os alunos com as piores notas, sendo que quase 90% são de escolas públicas. Portanto, o curso de licenciatura e pedagogia é, para muitos, a opção de quem não tem opção. O resto é apenas consequência.
Considero a profissão de professor a mais nobre que existe. Mais nobre, por exemplo, do que a medicina --afinal, sem professor ninguém chegaria a uma faculdade de medicina. Não é compatível, portanto, um projeto de nação civilizada com a categoria de professor desmoralizada.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

"Saudades de vc, sua chata"


Minhas manhãs não serão mais as mesmas sem você!!!!
Você sabe..... .

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

"Volta ao trabalho"

Após um longo período sem postar estamos voltando a ativa. Essa semana já colocarei alguns textos aqui no BLOG. Abraços.