quinta-feira, 6 de agosto de 2009

"Boa pergunta"


"Lula - Collor - Sarney"


Lula-Collor-Sarney


Você viram o Collor falando? Notaram o olho rútilo, o tremor, o vocabulário? Perceberam o rancor, o ressentimento, o ódio? Eu já vi isso tudo antes. Vi Collor falar assim de Lula. Vi Lula falar assim de Collor. Vi Collor falar assim de Sarney. Vi Lula falar assim de Sarney. Hoje os três estão juntos. São quase trigêmeos políticos. Somos governados pela aliança Lula-Collor-Sarney.
*****
Na verdade, as palavras de Collor não foram dirigidas somente ao senador Pedro Simon. O ex-presidente falou para todos aqueles que ainda ousam criticar o coronelismo, o paternalismo, a arrogância e a vulgaridade do governo.
*****
A fala de Collor não começou nesta segunda-feira. Começou alguns dias antes, quando Collor e Lula se abraçaram no palanque. Aquele abraço explica muita coisa.
*****
Quando penso na fala de Collor, penso em muitas outras coisas. Penso na foto em que aparecem Sarney, Renan, Agaciel Maia e o censor de toga Dácio Vieira. Penso no sorriso de Renan. Penso na conversa entre a neta e o filho de Sarney – “aquela vaga é nossa...”. Penso em Lula dizendo que Sarney “não é uma pessoa comum”. Penso nos debates e acusações entre Collor e Lula em 1989. Penso em Collor, no mesmo ano, prometendo que iria mandar Sarney para a cadeia. Penso no esquema PC, na Ferrovia Norte-Sul, no mensalão. Não fui abençoado com o dom da amnésia: minha memória é impiedosa.
*****
Lula, Collor e Sarney vivem falando mal da “mídia”. Naturalmente, não se referem à mídia oficial da TV Lula; ou à mídia da família Sarney no Maranhão; ou à mídia da família Collor em Alagoas. Eles só criticam a mídia que não podem controlar. Odeiam a imprensa que não conseguem calar (embora tentem). Lula, Collor e Sarney – unidos na defesa do gigantismo estatal, da máquina de favores, da bajulação governista – querem transformar o Brasil no Maranhão, nas Alagoas, na Venezuela.
*****
E nós, vamos engolir?

"Para descontrair">>>você que está querendo casar... .

Os noivos Kevin Heinz e Jill Peterson, de 28 anos, e padrinhos, entraram ao som de Forever de Chris Brown. Dizem que isso aconteceu realmente nos EUA no Estado de Minnesota.
Viu, você que quer casar...tá aí uma boa ideia de como entrar na Igreja....

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=dvNFCpa5n3k

terça-feira, 4 de agosto de 2009

"Debater a violência é exercer a cidadania"


Nas últimas semanas, a cidade de Apucarana, tem sido “bombardeada” por discussões acerca da escalada da violência. O estopim desta polêmica se deu pelo ato criminoso ocorrido no interior da JL Informática e que acabou fazendo vítima seu proprietário João Luiz Zaghini. A partir deste fato iniciou-se um debate sobre o aumento da violência e a eficácia de manifestos exigindo soluções para este problema social.
Foi lançado um manifesto, encabeçado pelo jornal Tribuna do Norte, com o objetivo de cobrar das autoridades municipais e estaduais uma saída para este aumento gradativo da violência em nossa cidade. Esse manifesto foi bem aceito pela população, fato comprovado pelo grande número de pessoas que participaram deste ato. Instantaneamente, surgiram elogios e críticas a atuação do periódico. Alguns disseram que o manifesto possuía fins políticos e outros, acredito que a maioria, louvaram a atitude do jornal.
Números foram apresentados para contestar o “apelo” da população. O argumento utilizado foi que, a cidade de Apucarana, apresenta um baixo índice de criminalidade se comparada a outras cidades do mesmo porte, como por exemplo, a nossa vizinha Arapongas, ou seja, passa-se a idéia ou pelo menos a tentativa de se afirmar que iniciativas como esta, encampadas pelo jornal TN e pela população, são infrutíferas e alarmistas.
Não concordo com tal argumento. Um manifesto, liderado, por um periódico e quem tem o lastro de uma grande parcela da nossa sociedade, não pode ser ignorado e nem ser taxado como estéril. Entendo que manifestos, reivindicações, debates, propostas, que tenham como objetivo final buscar soluções a problemas sociais, são exemplos de cidadania. Segundo a professora Anita Schlesener, do departamento de filosofia da Federal do PR, "o exercício da cidadania não é apenas uma questão de aprendizagem, mas também de luta por condições dignas de vida, trabalho e educação. É preciso criar espaços de manifestação na sociedade civil, onde os interesses comuns possam ser defendidos e os indívíduos possam tomar consciência do papel que desempenham na sociedade".
Iniciativas, como esta, livre de vínculos políticos ou de rancores passados são, em meu entender, meios para que conflitos sociais da nossa comunidade sejam apresentados, debatidos e solucionados através do envolvimento da população, pois todos nós somos agentes históricos, ou seja, somos responsáveis pela sociedade em que vivemos. Se em comparação a outras cidades, Apucarana, apresenta um baixo índice de criminalidade, vamos debater e impedir que estes números cresçam no futuro.




*Carlos Rogério Chaves, é professor de História em Apucarana e mestrando na Universidade Estadual de Londrina.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

"La vita é adesso"


A vida é agora...


Estive refletindo sobre a brevidade da vida e sobre o que fazemos dela... .

Às vezes acho nossa existência tão fútil, tão vazia, desprovida de sentido. Julgamos ser melhores que outros, sermos mais inteligentes, mais merecedores de vitórias do que qualquer outra pessoa.

"A vida é agora". Não existe outro momento, é uma oportunidade única e singular. O fim é inexorável...somos finitos, assim como nossos sonhos, ideais, projetos, aspirações. Tudo acaba, tudo se desfaz. O que nos move? O que nos faz acreditar que tudo pode dar certo? O que fazemos da nossa existência?

Perguntas que geralmente não sabemos responder e que muitas vezes ignoramos suas indagações.

Nos entregamos a uma vida vazia, fútil, hipócrita, sem sentido e sem ideal. Vivemos da hipocrisia e para a hipócrita sociedade que nos cerca e os seus famigerados valores: conquistas, sucesso, ostentação, aparências.

O que esperar do futuro? Das novas gerações que se apresentam, que vivem o tempo todo entorpecidas com sua existência fútil e inútil?

Será que o fim é esse? Viver eternamente na obscuridão da futilidade e da indiferença?

A vida é muito breve, talvez seja melhor assim.

(Não vou terminar este texto...)

domingo, 2 de agosto de 2009

"Do BLOG do Juca Kfouri"



JUCA KFOURI
Jesus é uma farsa!

Como reagiriam aqueles que defendem o merchan religioso nos gramados se alguém vestisse a camiseta acima?
 
IMPRESSIONANTE como muita gente lê o que quer e não o que está escrito.
Fora, é claro, o preocupante analfabetismo funcional e a conhecida demagogia dos que pegam uma caroninha em tudo.
Houve quem visse tentativa do colunista em cercear a liberdade religiosa na coluna passada.
Desafia-se aqui quem quer que seja a demonstrar uma vírgula sequer neste sentido.
Reclamou-se, isso sim, da chateação que o proselitismo religioso causa em quem quer apenas ver um jogo de futebol, ao mesmo tempo em que se defendeu que cada um se manifeste como quiser nos locais apropriados.
Houve também quem não se lembrasse de ter lido aqui manifestações contra atletas que fazem propaganda de cerveja.
Para esses só resta indicar memoriol, porque não só são criticados os esportistas que fazem propagandas do gênero como, também, quem usa espaço esportivo para tal, seja ou não jogador.
E não me venha ninguém dizer que os tais atletas de Cristo são bons exemplos neste mundo de pecadores, pois basta olhar para Marcelinho Carioca e ver que as coisas não são bem assim.
E que fique claro que o colunista gosta, muito, de cerveja, assim como inveja os que creem, porque deve ser uma boa muleta para suportar as agruras da vida e para alimentar a esperança da compensação de uma vida eterna.
Posso garantir, no entanto, que nem mesmo nos momentos limites que já vivi apelei a alguma força superior que me salvasse.
E não foi para ser intelectualmente coerente.
Mas chega a ser divertido ver um político que tem crescido feito rabo de cavalo, para baixo, conhecido por sua homofobia, sinônimo de preconceito, querer dar lição de moral, como um obscuro ex-deputado federal, hoje apenas vereador, que buscou alguns votinhos adicionais ao entrar na polêmica.
Polêmica que rendeu coisa de 120 mensagens eletrônicas de leitores desta Folha para minha caixa postal, surpreendentemente a favor da coluna, coisa de 80%, embora índice compreensivelmente menor de aprovação do que nos quase 500 comentários no blog.
E aí é motivo de satisfação constatar que só a esmagadora minoria não é capaz de entender a ironia da frase "Deus prefere os ateus", usada no fecho da coluna.
Aos que pediram que a coluna se limite ao futebol, um aviso: não há nenhuma atividade humana que não possa ser relacionada ao futebol, razão pela qual o espaço seguirá sendo preenchido desse jeito.
Finalmente, uma ponderação óbvia: deixar o campo de futebol para que nele se dispute só o jogo acaba por proteger os fundamentalistas de algum herege que vista uma camiseta com os dizeres do título desta coluna, ali escritos apenas à guisa de provocação.
Já imaginou?
Seria uma delícia ver a reação dos que brandiram até a Constituição, que garante a liberdade religiosa, como se o colunista tivesse agredido seus princípios.
E, por falar em futebol, a coluna de amanhã será sobre a 15ª rodada do Brasileirão.
Até lá.

Nota do Blog: " O artigo acima reproduzido, é uma resposta do jornalista Juca Kfouri, as críticas que recebeu por outro artigo publicado essa semana no Jornal Folha de São Paulo, intitulado, "Deixem Jesus em Paz" (também reproduzido neste BLOG). Ao meu ver, Juca defende a posição de que o futebol e o esporte não devem ser usados como meios de veiculação de mensagens religiosas, sejam elas, católicas, evangélicas, islâmicas ou de qualquer outra vertente religiosa, por entender que assim o esporte poderia se tornar um meio em que a intolerância religiosa pudesse se disseminar. O título desse artigo, "Jesus é uma farsa", é apenas uma provocação, pois vem acompanhada de uma pergunta: Como reagiriam os que defendem que o esporte seja usado como meio de veicular uma mensagem religiosa, se vissem essa frase? Até porque foi usada como justificativa o princípio constitucional de liberdade religiosa. Assim sendo, uma pessoa que não professe religião alguma também tem o direito de expressar sua opinião em relação a este assunto. Então, como reagiria alguém, defensor do cristianismo, se deparasse com uma frase dessas, usadas por um esportista?
Excelente artigo de Juca Kfouri. Entendo que em nehum momento o jornalista tentou ofender alguém e muito menos sua fé. Foi apenas uma reflexão sobre a utilização do esporte como meio de transmissão de mensagens religiosas e suas consequências.
P.S.: "O dono deste BLOG é cristão, de vertente católica e defende a liberdade religiosa assim como defende a ideia de que ninguém deva ser 'pressionado' a se submeter a qualquer tipo de imposição religiosa sejam elas, cristãs, islâmicas, budistas, africanas ou de qualquer outra religião".