sábado, 4 de julho de 2009

"Relexão"


Hoje, o4 de julho, é uma data significativa para mim. Um dia que além dos cumprimentos dos amigos e pessoas queridas, serve também para um momento de reflexão.

Um dia escutei um certo alguém dizendo: "para sermos felizes, necessitamos de muito pouco". É uma frase simples, porém profunda. Mesmo que nos desvirtuamos a acreditar que para sermos felizes, necessitamos das últimas novidades tecnológicas ou de toda a quinquilharia que o dinheiro possa comprar, acredito que a felicidade consiste em "ser" e não em "ter".

Uma das conquistas das quais agradeço, são meus amigos, familiares e alunos(quem diria, mas não consigo viver sem eles). É estranho, almejamos tantos bens materiais e na realidade o que importa realmente são as pessoas.

É claro que almejo sucesso profissional e uma estabilidade financeira, mas como diria um grande amigo uruguaio, Nico, "tendo o suficiente para o mate e para o vinho, o resto dá-se um jeito". Agradeço a Deus minhas conquistas (acredito sim em Deus, rs) e a todas as pessoas que contribuíram para que elas ocorressem, elas me tornaram mais forte, feliz, consciente e acho que mais humano. Sou feliz, embora quase sempre mal humorado, ranzinza e acreditem, até chato ( os alunos me dizem isso direto, não é Bia e Ana Eliza??), mas feliz, feliz por trabalhar no que gosto, por ser professor, historiador, pelos meus amigos de trabalho, pelas novas e importantes amizades que conquisto, são poucos os amigos, mas acredito que sinceros!!

Termino com uma frase, dizem que de Shakespeare, não sei se é verdade, "e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida".

Podem ter certeza, sei que falta alguém para minha felicidade estar completa, mas esse alguém está a caminho.... . Sou paciente.

"Jornal do Colégio Cobra"


O Colégio Cobra, lança hoje o seu Informativo. Trata-se de um novo canal de comunicação da instituição com a comunidade apucaranense. O jornal foi feito por alunos e professores e aborda diversos assuntos como: Crise Econômica Mundial, Novo Enem, entrevistas com profissionais da saúde e matérias produzidas pelos próprios alunos. Além dos projetos pedagógicos realizados durante o 1° semestre de 2009, por toda a equipe pedagógica do Colégio Cobra. Foram distribuídos, hoje, 2 mil exemplares no centro da cidade e amanhã sairá uma tiragem de 8 mil exemplares, como encarte do Jornal Tribuna do Norte.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

"Trecho do sermão do Pe. Antonio Vieira"


Quando estava me preparando para o vestibular da UEL, tive um excelente professor de literatura, Bira, cara culto, acessível, preocupado com seus alunos. E o Bira nos apresentou um trecho de um sermão do Pe. Antonio Vieira, o qual me lembro até hoje. Esses dias mandei um trecho desse texto a uma pessoa que estava (está) sofrendo dos males (!?) descritos neste sermão.

Cito um trecho, o que mais me chamou e chama a atenção até hoje.


"O primeiro remédio que dizíamos é o tempo. Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas que partem do centro para a circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino, porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já não tira, embota-lhe as setas, com que já não fere, abre-lhe os olhos, com que vê o que não via, e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda esta diferença, é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhes os defeitos, enfastia-lhes o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor? O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de amar menos. Baste por todos os exemplos o do amor de Davi".
P. S.: Como dizia o Bira: "esse padre Vieira é fogo".

"Fora Sarney !!"


PT e PMDB, o casamento da corrupção.


O presidente Lula continua se esforçando na tentativa de emporcalhar ainda mais sua biografia.
Tirando os já conhecidos escândalos, que ele não viu, ou ouviu, resta agora o caso José Sarney.
Conhecido por sua honestidade reduzidíssima, Sarney estava com um pé fora do Senado.
Eis que surge o Salvador dos Corruptos.
Aquele que deixa um desastre ecológico ser Ministro do Esporte.
Que beneficia CBF e COB, mesmo sabendo a incomensurável locupletação de dinheiro público existente nestes antros de sacanagem.
Ao proteger Sarney e evitar sua degola, Lula demonstra ainda mais sua falta de comprometimento com a população.
Seu caráter é microscópico, mas sua esperteza, sem dúvida, quilométrica.
No Brasil, onde a imprensa conivente nada noticia, e os que se insurgem contra o Reino da Corrupção, chefiado pela quadrilha de bandidos do PT, são taxados de golpistas, as coisas caminham para um destino deprimente nas próximas eleições.
Como diria uma conhecida letra de música: “Vida de gado… povo marcado… povo feliz…”

Nota do Blog: "Concordo plenamente com o Paulinho. O PT que sempre foi um feroz crítico do Sarney e de sua política arcaica, agora além de negociar cargos com o nefasto presidente, ainda esta bancando sua permanência na presidência do Senado. O PT, cada vez mais mostra ser um partido sem escrúpulos, se utilizando de todos os meios para ver seu projeto de poder caminhar sem nehuma alteração. É uma vergonha a atuação do presidente Lula em casos em que está claro, a prática da corrupção, da ilegalidade e da falta de honradez".


quinta-feira, 2 de julho de 2009

"Adeus aos Josés"

E agora, José?

José Sarney vive seus últimos momentos e o arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, aquele que excomungou todos os adultos envolvidos no aborto de uma gravidez de alto risco em menor estuprada, está se aposentando.

Por ROBERTO VIEIRA sobre poema de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

"E agora, José?
A reza acabou,
a presidência dançou,
o povo sumiu,
o escândalo esfriou,
e agora, José?
E agora, você?
Você que tem nome,
que zomba dos outros,
você que excomunga,
cala quem protesta,
e agora, José?
Está sem respeito,
está sem discurso,
está sem destino,
já não pode benzer,
já não pode empregar,
iludir já não pode,
a verba esgotou,
o milagre não veio,
o aplauso não veio,
o jetom não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou e tudo
fugiu e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua negra casaca,
seu instante de santo,
sua imortalidade,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de oligarca,
sua incoerência,
seu trono - e agora?
Com a caneta na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no Maranhão,
mas o Maranhão secou;
quer ir para Roma,
João Paulo não há mais.
José, e agora?
Se você confessasse,
se você se arrependesse,
se você tentasse
ser igual a toda gente,
se você dormisse,
se você sonhasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é eterno, José!
Sozinho entre os muros
príncipe em seu palácio,
só teologia,
sem verdade nua
para se perdoar,
você é o dono do mar que fugiu a galope,
você foge, José!
José, pra onde?"
Nota do Blog: "A respeito desses dois Josés que estão se ausentando da vida pública, adeus, já vão tarde. O arcebispo retrógrado, reacionário e caquético e o nefasto, corrupto e indecente Senador José Sarney. Não sentiremos falta de vocês".
Fonte: blogdojuca.uol.blog.com.br

"Vou levar o que é meu!!!"




Olha só essa charge publicada no Blog do Josias de Souza, sobre o nefasto Senador Sarney.


clique na imagem para ampliar



"Repórter do CQC agredido no Senado"



Em uma clara demonstração de incompetência, os "seguranças" do nefasto e arcaico Senador José Sarney (dono do Maranhão), agrediram gratuitamente o repórter Danilo Gentili do CQC. Gentili estava tentando entrevistar o "nobre senador" acusado de cometer atos ilícitos, quando foi jogado ao chão por um dos seguranças de Sarney.





Fora Sarney!!!! Corrupto empregador de parentes, defensor da Ditadura, picareta, coronelzinho do Maranhão.

terça-feira, 30 de junho de 2009

"UEL / Vestibular 2010"


UEL vai usar o Enem para vagas remanescentes em 2010


O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEL aprovou no dia 28 de junho, que o resultado individual dos candidatos ao Exame Nacional de Ensino Médio - ENEM 2009 poderá ser utilizado para ingresso às vagas remanescentes do Vestibular 2010 da UEL. As datas para apresentação dos documentos, bem como os critérios para concorrer às vagas não preenchidas neste Processo Seletivo, serão divulgadas no endereço eletrônico http://www.cops.uel.br/.


Fonte: www.uel.br/agenciaueldenoticias

"Giz: Legião Urbana"

Mais uma do Legião...... . Letra e vídeo.

Giz

Legião Urbana
Composição: Renato Russo / Dado Villa-Lobos / Marcelo Bonfá

E mesmo sem te ver
Acho até que estou indo bem
Só apareço, por assim dizer
Quando convém aparecer
Ou quando quero
Quando quero
Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte
E, pra ser honesto,
Só um pouquinho infeliz
Mas tudo bem
Tudo bem, tudo bem... (2x)
Lá vem, lá vem, lá vem
De novo:Acho que estou gostando de alguém
E é de ti que não me esquecerei
(Quando quero....
Quando quero...
Quando quero...
Eu rabisco o sol que a chuva apagou...
Acho que estou gostando de alguém...)

"Entenda o que está acontecendo no Irã"


As dificuldades da democracia no país dos aiatolás.


José Renato Salatiel


Após o anúncio da reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, no último dia 12 de junho, a capital iraniana, Teerã, virou palco dos maiores protestos contra o governo nos últimos 30 anos. As manifestações expuseram a fragilidade da democracia no país controlada pelos aiatolás e uma sociedade dividida entre a tradição e a modernidade.Na verdade, o Irã está longe de ser uma democracia. O país é uma república teocrática, em que o poder político e religioso é concentrado na figura do Líder Supremo, o aiatolá Ali Khamenei. É ele quem controla as Forças Armadas, o Poder Judiciário e a imprensa estatal iraniana (radio e TV), além de escolher quem pode concorrer às eleições presidenciais no país.De 475 candidaturas, apenas quatro foram aprovadas pelo Conselho dos Guardiães, órgão formado por seis clérigos e seis juristas que, na estrutura do poder legislativo iraniano, só está abaixo do Líder Supremo. Todos os candidatos que concorreram são homens e mulçumanos xiitas.Na disputa eleitoral, o Irã ficou polarizado entre o atual presidente e o "moderado" Mir-Hossein Mousavi, que tem apoio das mulheres, dos estudantes e da classe média reformista do país. Ahmadinejad é considerado radical por negar o holocausto, defender o fim do Estado judeu e por desafiar o Ocidente com um programa nuclear com fins militares.
Indícios de fraudesO clima de tranquilidade das campanhas eleitorais, no entanto, deu lugar aos protestos que reuniram centenas de milhares de pessoas nas ruas de Teerã. As manifestações já deixaram sete mortos e dezenas de feridos em confrontos com milícias governistas e a temida Guarda Revolucionária, grupo militar de elite do aiatolá.As suspeitas de fraudes levaram o Líder Supremo, que raras vezes faz pronunciamentos, a determinar a recontagem parcial de votos e investigação pelo Conselho dos Guardiães. Os oposicionistas, por sua vez, liderados por Mousavi, querem a anulação do pleito.Segundo analistas, a recontagem de votos dificilmente irá alterar o resultado, ratificando o sentimento, entre os iranianos, de que as eleições não passaram de uma representação teatral, num jogo previamente decidido.Mas foi a vontade de mudar que levou a um índice recorde de 84% de iranianos que compareceram às urnas (o voto não é obrigatório no país). Ahmadinejad foi reeleito com 24,5 milhões de votos, 62,7%, contra 33,7% de Mousavi. Em 2005, o presidente foi eleito no segundo turno com 14 milhões de votos e comparecimento de pouco mais da metade dos eleitores, 52%.O que levantou suspeita sobre as eleições presidenciais foi o anúncio da vitória duas horas depois do fechamento das urnas. Em geral, a contagem de mais de 40 milhões de votos em cédulas de papel, escritas à mão, leva até três dias. Além disso, pesquisas apontavam ao menos uma disputa apertada entre os candidatos, não uma vitória do presidente com folgada margem de votos no primeiro turno.Em represália às manifestações, o Estado mandou prender líderes reformistas, bloqueou a internet e serviços de telefonia móvel, além de fechar universidades, proibir comícios e reuniões e cerceou o trabalho da imprensa estrangeira no país. Um dos maiores "inimigos" do Estado iraniano são as redes sociais na internet e o microblog Twitter, usados pelos manifestantes para romper a censura da imprensa estatal e o impedimento de jornalistas estrangeiros de cobrirem os protestos de rua na capital.
Revolução da féO Irã, com 65,8 milhões de habitantes, é o quinto maior exportador de petróleo no mundo, o que desperta interesses de potências como os Estados Unidos. Mas o país mantém relações pouco amistosas com a Casa Branca e de hostilidade com Estados de religião sunita no golfo Pérsico desde a Revolução Iraniana de 1979, que mudou completamente o panorama geopolítico no Oriente Médio.A revolução, liderada pelo aiatolá Ruhollah Khoemini (1900-1989), depôs o regime monárquico do xá Mohamed Reza Pahlevi, alinhado ao Ocidente, e instituiu a autoridade máxima religiosa. A primeira consequência bélica da tomada de poder foi a guerra contra o Iraque (1980-1988), governado na época pelo líder sunita Saddam Hussein e que contava com financiamento dos Estados Unidos e de outros países árabes. Os conflitos terminaram com mais de 1 milhão de mortos, a maioria homens adultos.Mais recentemente, a nação foi alvo de sanções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), pela insistência do governo iraniano em dar continuidade a um programa nuclear que, de acordo com Washington, teria objetivos militares. O presidente Barack Obama, porém, tem sido cauteloso em assumir uma postura mais dura em relação às supostas fraudes eleitorais em Teerã, como fizeram França, Reino Unido e Israel. O motivo é que o Irã, que faz fronteira com Iraque e Afeganistão, é também uma questão de estratégia política para o pacificamento da região, cujas guerras consomem bilhões dos cofres públicos americanos.
IncertezaO isolamento, somado à recente crise econômica que gerou índice de inflação e desemprego em mais de 20% no país, acirrou o descontentamento das classes urbanas, mais instruídas e não religiosas no Irã, com destaque para mulheres e jovens na campanha pró-reformas. Foram eles que apoiavam o candidato de oposição, Mousavi, mesmo que não fossem esperadas grandes mudanças na condução da política teocrática. Com a repercussão dos protestos, trava-se nos bastidores uma disputa entre aiatolás pelo comando do país. Na tentativa de manter o controle, o governo pode a qualquer hora reprimir com violência os protestos, o que terá um saldo negativo aos olhos da comunidade internacional. Se, por outro lado, relutar numa resposta rápida ao povo, o crescimento do movimento popular poderá, três décadas depois, desencadear uma nova revolução.
Fonte: UOL Educação.

"Depoimento do médico que tentou salvar Neda".




"Neda morreu nas minhas mãos", conta doutor Hejazi

Walter OppenheimerEm Londres (Reino Unido)



Em 20 de junho, depois das 18h30 em Teerã, a jovem Neda Agha-Soltan, de 26 anos, caiu abatida pelo disparo de um franco-atirador da milícia basiji durante um protesto contra o governo, depois das polêmicas eleições presidenciais. Assim que caiu, Neda foi atendida por um homem que tentou evitar que se esvaísse em sangue. Apesar de ser médico, aquele homem de 38 anos não conseguiu fazer nada: a bala havia cortado sua aorta e Neda morreu em menos de um minuto.
As imagens dessa morte, símbolo gráfico da revolta no Irã, foram gravadas com um telefone celular e distribuídas pela Internet como denúncia da repressão. Neda ficou famosa, mas também o homem que tentou ajudá-la: aquele médico que não exerce mais a profissão é na verdade um editor e tradutor para o farsi do famoso escritor brasileiro Paulo Coelho. Chama-se Arash Hejazi e está seguindo um curso de pós-graduação em Oxford. Estava passando apenas alguns dias em Teerã para cuidar dos negócios da pequena editora que fundou em 1997, a Caravan Books, que traduz para a língua farsi diversos autores internacionais.A dramática troca de mensagens eletrônicas revelada por Coelho em seu blog mostram que o autor brasileiro contatou Hejazi assim que viu o vídeo da morte de Neda. Acredita tê-lo reconhecido, mas não tem certeza se é ele nem que destino pode ter corrido em Teerã. As cautelosas respostas de Hejazi mostram o pânico em que ele vive depois de se transformar em um personagem de fama mundial. Teme ser localizado pelas forças da repressão que expulsaram de sua própria casa os parentes de Neda assim que identificaram a jovem morta e impediram que se realizasse um funeral em sua memória.Hejazi explica a Coelho em uma comovente mensagem que está prestes a voar de volta para o Reino Unido e que se na quarta-feira às 2 da tarde não chegar a Londres é que lhe aconteceu alguma coisa. E pede a Coelho que cuide de sua mulher e seu filho, que não têm mais ninguém no mundo.Mas Hejazi chegou são e salvo. E depois de pensar muito quis dar a cara através de entrevistas com vários veículos da mídia britânica. Para que a morte de Neda Agha-Soltan não seja em vão. Nelas, explica como ocorreu a morte de uma mulher que não conhecia. Ela tinha descido do carro em que viajava, devido ao engarrafamento causado pelo protesto. Ele havia se aproximado da manifestação saindo de seu escritório próximo, junto com amigos.

Estavam ali de pé, em uma espera tensa, quando se ouviu o que parecia um disparo. Um amigo o tranquilizou, dizendo que deviam ser balas de borracha. Mas ele se virou e viu Neda despencar. "Ela girou a cabeça para olhar a ferida e pôs a mão no peito. Só vi surpresa em seu rosto e em seguida perdeu o controle. Pressionei a ferida. Pelo que vi, a bala atingiu sua aorta e os pulmões. Quando a aorta é afetada, o sangue escapa do corpo em menos de um minuto. Não se pode fazer nada. Ela não disse uma palavra. Morreu nas minhas mãos", acrescenta.Voltou ao seu escritório para se lavar. "Estava assombrado e furioso, preocupado e triste. Como médico, já tinha visto a morte antes muitas vezes, e gente ferida de bala, mas nunca tive esses sentimentos. Não era só por sua morte, mas pela injustiça e pelo olhar penetrante de seus olhos enquanto sua vida se esvaía."Então percebeu o perigo que havia ocorrido. "Pensei que esse disparo podia ter me atingido, que aquele que o fez poderia ainda estar ali e disparar outra vez. Senti medo da morte e achei ruim pensar em mim nesse momento. Tive um profundo sentimento de culpa por não ter conseguido salvá-la e estar pensando em mim mesmo. Não pude dormir nas três noites seguintes. Pensava naquele olhar, em seus olhos. Não tive tempo de dizer nada. Aquele olhar, como que me perguntando como isso podia ter acontecido. Um olhar muito inocente.""Não fui para casa nessa noite, mas para a de meus pais. Não podia falar sobre aquilo. De repente apareceu a imagem na televisão. Não me lembro se foi na CNN ou na Al-Jazira. Eu disse: 'Esse sou eu'. E eles ficaram pasmos. Não desejo a ninguém que tenha de passar por uma experiência como essa."
Nota do Blog: "O depoimento do médico que tentou salvá-la, após Neda ter sido atingida, só reforça ainda mais a indignação e impotência sentida no mundo todo com as cenas de horror mostradas pela ditadura implantada por Ahmadinejad".

domingo, 28 de junho de 2009

"Música singela"

E aí pessoal, vocês conhecem o Rogério Skylab??? Não??!! É um maluco, gente fina. Ele tem uma música que eu realmente gosto: "Moto-Serra....singela, engraçada, trágica, romântica e muito louca".