sábado, 18 de julho de 2009

"As coisas mudam: veja o que dizia Lula, em 2006, sobre a família Sarney"

Olá amigos, atualmente estamos assitindo a uma verdadeira "cruzada" por parte do presidente Lula para salvar seu "amigo"(!?), José Sarney da degola. Mas vamos ver o que Lula pensava sobre a família Sarney na campanha de 2006.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

"Museu do Ipiranga"


Célebre, em decorrência do famoso "grito" de independência proclamado por D. Pedro I, em 1822, a região em torno do rio Ipiranga (hoje Bairro do Ipiranga) sempre foi vista como um local que deveria retratar essa parte da história do Brasil.Muito discutida durante o século XIX, a idéia de se criar no local um monumento comemorativo veio a concretizar-se em 1882, no momento em que foi escolhido o italiano Tommaso Bezzi para a execução de um projeto.O edifício de grandiosas proporções, construído em dez anos (1885-1895), em estilo renascentista, seria antes de tudo um estabelecimento de ensino científico; no entanto, um acervo advindo, principalmente, da coleção pessoal de um coronel paulista (Joaquim Sertório) facilitou a instalação do museu no local. Junto a uma estátua em homenagem ao "grito", (projeto do italiano Ettore Ximenez, em granito, com adornos em bronze e, em cujo subsolo se encontram os despojos de D. Pedro I e suas duas esposas) o Museu do Ipiranga, como é carinhosamente chamado pelos paulistanos, faz parte do conjunto denominado Parque da Independência.Elaborado por uma equipe de paisagistas especialmente contratada para a ocasião, um jardim une o museu e o monumento ao outros edifícios existentes no local (há um viveiro de plantas, um museu de zoologia e uma outra casa histórica, cujo valor patrimonial ainda é discutido). Em estilo francês, com repuxos e aléias em declive, o jardim está localizado em um terreno rebaixado, proporcionando assim, um maior destaque ao prédio do Museu. Buscando a compreensão da sociedade brasileira através de sua história, o Museu Paulista conta, em seu acervo de mais de 125 mil itens, com objetos indígenas, mobiliário, armaria, pinturas, ferramentas e outros instrumentos, muitos de uso pessoal, que retratam a vida no país, desde os idos de 1500 até 1950.Com duas bibliotecas e secções que tratam de documentação arquivistica e iconográfica, o Museu ainda oferece laboratórios de conservação e restauro.


Informações:Museu Paulista da USP
Endereço: Parque da Independência, s/n.º - Ipiranga - Caixa Postal 42.403 -

Telefone.: (011) 2065-8000FAX: (011) 2065-8051/2065-8054CEP 04218-970 - São Paulo - SP - BRASIL


Visitação:
Terça a domingo, das 9:00h às 17:00h. Telefone: 2065-8026Valores: R$ 4,00 - Adulto - R$ 2,00 - Estudante (Meia entrada mediante apresentção de carteira escolar).

"Criança não trabalha, criança dá trabalho"

Essa semana, participei de um curso de férias na FAP, sobre o Ensino de História nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Um curso bem legal, que serviu para conhecer e ter uma visão do ensino de história para os pequenininhos. E o melhor, sai com a certeza de que está ocorrendo um rompimento com aquele ensino "tradicional" de história. Mas, o mais engraçado, foi uma música que conheci nesse curso: "criança não trabalha, criança dá trabalho", de autoria de Arnaldo Antunes. Vou postar a letra e a música.
Criança Não Trabalha

Composição: Arnaldo Antunes / Paulo Tatit

Lápis, caderno, chiclete, peão
Sol, bicicleta, skate, calção
Esconderijo, avião, correria,
Tambor, gritaria, jardim, confusão
Bola, pelúcia, merenda, crayon
Banho de rio, banho de mar,
Pula sela, bombom
Tanque de areia, gnomo, sereia,
Pirata, baleia, manteiga no pão
Giz, merthiolate, band aid, sabão
Tênis, cadarço, almofada, colchão
Quebra-cabeça, boneca, peteca,
Botão. pega-pega, papel papelão
Criança não trabalha
Criança dá trabalho
Criança não trabalha
1, 2 feijão com arroz
3, 4 feijão no prato
5, 6 tudo outra vez

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Estudiantes - Campeón de América"


"Homenagem ao Estudiantes de La Plata pela conquista da Libertadores da América em pleno Mineirão".

terça-feira, 14 de julho de 2009

"Fogos na Torre Eiffel no dia da Queda da Bastilha"


"Modelo gerencial das 181 diretorias no Senado"



Acima, modelo gerencial das diretorias do Senado Federal. Esta semana, Zé Sarney, responsável por criar 70% delas, diz que vai reduzí-las de 181 para 9. Gênio, mas por que não pensou nisso antes?

PS: o Zé, único com a mão na massa aí na foto, não é evidentemente o dito cujo. Mas um Zé genérico qualquer, como qualquer um de nós, otários que pagamos a conta dessa balbúrdia.
clique na imagem para ampliar

"14 de julho - Queda da Bastilha"


A queda da Bastilha e o fim do regime absolutista


Alexandre Bigeli*

A Bastilha é uma fortaleza parisiense que foi usada como prisão estatal na França durante os séculos 17 e 18. Mantinha principalmente prisioneiros políticos que contestavam o poder absoluto do rei. Os franceses celebram a queda da Bastilha, ocorrida em 14 de julho de 1789, como um marco da Revolução Francesa, que levou ao fim do regime absolutista. Entre os séculos 15 e 18, o absolutismo foi o sistema político e social que vigorou na maior parte da Europa. Também denominado Antigo Regime, consistia na centralização do poder político nas mãos do monarca. Todas as esferas da vida nacional, da cobrança de impostos à declaração de guerra, dependia de decisões unilaterais do rei. Além dele, apenas a nobreza, detentora de terras, gozava de algum poder e prestígio social. O sistema gerou muitos protestos de outras classes, principalmente da burguesia.
A Burguesia
Os burgueses enriqueciam por meio de atividades como o comércio e a indústria. Embora estivessem acumulando crescente poder econômico, não tinham o poder político, por causa do absolutismo. Com o tempo, as arbitrariedades do rei e a insatisfação provocaram a eclosão de protestos. Durante a segunda metade do século 18, a França atravessou diversas crises. Era um país endividado, entre outros motivos, por causa da derrota para Inglaterra na Guerra dos Sete Anos (1756-1763) e a consequente perda de colônias e mercados. A situação levou o rei a aumentar os impostos, provocando ainda mais insatisfação popular. No final da década de 1780, o país teve péssimas colheitas e enfrentou invernos rigorosos, o que aumentou o preço dos produtos alimentícios. O povo temia a fome e, manipulado pela burguesia, passou a participar dos protestos por maior participação política. Em maio de 1788, o rei convocou os Estados-Gerais para tentar debelar a crise. Os Estados-Gerais representavam os segmentos da sociedade francesa. O primeiro Estado era composto pela nobreza, o segundo pelo Clero, e o terceiro pelo povo, formado pela burguesia, por trabalhadores urbanos e por camponeses. A votação era feita por Estado, o que facilitava as coisas para a nobreza. Aliando-se ao Clero (uma instituição historicamente conservadora), ela conseguia fazer 2x1 e impedir que as mudanças propostas pelo terceiro Estado fossem adotadas.
A Revolução Francesa
O povo e a burguesia exigiam que a votação não fosse mais por Estado, mas por cabeça, o que foi negado pelo rei. Revoltas eclodiram em todo o país. Os produtos alimentícios começaram a faltar. O terceiro Estado deixou de participar dos Estados-Gerais e converteu-se em uma Assembléia Nacional Constituinte. O rei Luís 16 cedeu e aceitou ter seus poderes limitados por uma Constituição. Mas em 1789 as perseguições políticas, o agravamento da crise econômica e a concentração de tropas em Paris causaram na população o "Grande Medo" do Estado. Todos temiam que o absolutismo voltasse. Foi um passo para a mobilização popular que, em 14 de julho de 1789, tomou a Bastilha, onde eram mantidos os presos políticos. Era a própria Revolução. Na Bastilha, estavam apenas sete prisioneiros, mas ela era vista como símbolo do despotismo e onde, acreditava-se, eram guardadas armas e munição. Foi atacada por multidões, incluindo amotinados da Guarda Francesa. O comandante, De Launay, rendeu-se. Mas ele e seus homens foram mortos e a fortaleza, demolida. Revoltas e saques contra o Clero e a Nobreza sacudiram o país. Temendo por suas vidas, os nobres aboliram os direitos feudais, aliviando a situação dos camponeses (que pagavam pesados impostos). Em agosto, era lançada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Faltava apenas a participação de trabalhadores e camponeses no poder político. Mas, embora tenha sido beneficiada pela revolta deles, a burguesia não se mostrou disposta a dividir o poder político. Ainda sofrendo privações, e não vendo atendidas suas demandas, as camadas mais pobres da população radicalizaram a Revolução, na fase da Convenção e do Terror. Mas essa é uma outra história.


"Um novo modo de encher a barriga" - Ferreira Gullar



(...) O programa assistencialista, como toda intervenção no processo social, pode ter aspectos positivos ou negativos. Os positivos, sabemos quais são; os negativos, às vezes, nos surpreendem, ainda que, se nos detemos a refletir, veremos que são quase inevitáveis . Tomemos como exemplo o programa Bolsa Família, que nasceu para servir politicamente ao presidente Lula. Isso ficou evidente, desde o início, quando ele mandou fundir os programas Bolsa Alimentação e Bolsa Escola, para fazer de conta que um programa novo estava sendo criado pelo seu governo.

Pouco lhe importou o fato de que a fusão dos dois programas, com objetivos essencialmente diferentes, prejudicaria a execução de ambos e dificultaria sua fiscalização. O resultado previsível não se fez esperar: parentes de prefeitos, de vereadores e deputados passaram a receber os benefícios a que não tinham direito nem deles necessitavam. Mas a coisa não parou por aí: a engenhosidade popular pôs-se a serviço dos oportunistas. Hoje, à exceção talvez do governo, todo mundo sabe que ocorre com o Bolsa Família, que abrange nada menos de 40 milhões de pessoas.
Inventaram-se os mais diversos modos de burlar as normas que o regem, chegando-se ao ponto de, quando o beneficiado pelo programa consegue emprego, pede ao patrão que não lhe assine a carteira de trabalho, para que possa, assim, fazer de conta que continua desempregado. Vejam vocês a que leva esse tipo de ajuda demagógica, quando sabemos que ter a sua carteira de trabalho assinada pelo patrão sempre foi a aspiração de todo trabalhador. A carteira assinada é imprescindível para comprovar o tempo de serviço e garantir a aposentadoria.
Aqueles, porém, que abrem mão disso, estão certos de que o Bolsa Família os sustentará pelo resto da sua vida, sendo, portanto, desnecessário aposentar-se. É como se já estivessem aposentados, uma vez que ganham sem trabalhar.
Um conhecido meu, que cria algumas cabeças de gado, contou-me que o vaqueiro de sua fazenda separou-se aparentemente da mulher (com quem tinha três filhos) para que ela pudesse receber ajuda do Bolsa Família, como mãe solteira e sem emprego.
Ao mesmo tempo, embora já tivesse decidido não ter mais filhos, além dos que já tinham , mudaram de ideia e passaram a ter um filho por ano, de modo que a filharada, de três já passou para sete, sem contar o novo que já está na barriga.
Esse procedimento se generaliza. Um médico que atende num hospital público aqui do Rio, declarou na televisão que uma jovem senhora, depois de sucessivos partos, teve que amarrar as trompas. Com medo de morrer, aceitou a sugestão do médico, mas lamentou: "É pena, porque vou perder os R$ 150, 00 do Bolsa Família". Pois é, ter filhos se tornou, no Brasil de Lula, um modo fácil de aumentar a renda familiar.
Em breve, o número, de carentes duplicará e o dispêndio com o programa também.
O Brasil precisa urgentemente de um estadista.


Nota do Blog: "Artigo publicado originalmente no jornal Folha de São Paulo, caderno: Ilustrada, do dia 05 de julho de 2009, autoria de Ferreira Gullar".