quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Reminiscências"


Acabo de assistir novamente, depois de 4 anos, o documentário sobre o jornalista Vladimir Herzog. Esse filme esteve na minha memória durante todo esse tempo, pois foi marcante. Lembro que quando o assisti pela primeira vez na UEL, me emocionei muito, com a história, os depoimentos de amigos, companheiros, jornalistas, da esposa de Vlado, Clarice e em especial com a música. Hoje a emoção foi a mesma, apesar de não ter vivido esse período da História brasileira, eu o revisitei através das leituras que tratavam do assunto. Um período triste, melancólico, que produziu marcas até hoje não superadas, mas que não podem ser esquecidas ou apagadas da memória. O que me revolta, é o fato de que poucas pessoas conhecem ou tem alguma informação sobre o que foi a ditadura militar ou sobre quem foi Vladimir Herzog, fato comprovado logo no início do filme. E aqui, penso que a História e nos historiadores, temos um papel importante, o de não deixar essas "histórias" serem esquecidas, apagadas das nossas memórias. Até porque, se hoje temos liberdade, democracia, eleições diretas, possibilidade de escolha, devemos e muito a todos os que lutaram e foram mortos lutando contra um regime anti-democrático. Os perseguidos pela ditadura são exemplo do que devemos ser enquanto cidadãos: combativos, atuantes, críticos, contestadores e não mero espectadores.

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